quinta-feira, 27 de outubro de 2011

São Paulo lança nova campanha para reduzir número de atropelamentos


Alvo são pedestres que se acham os donos da rua, atravessam de qualquer maneira, sem fazer sinal, como se os motoristas tivessem a obrigação de adivinhar a intenção deles ao se aproximarem da faixa.

 
A maior cidade brasileira está começando uma campanha nova de educação de trânsito pra reduzir o número de atropelamentos. Só nos primeiros seis meses deste ano, eles mataram 325 pessoas.
A faixa de pedestres já existe há mais de cem anos. Uma delas, famosíssima, até virou patrimônio histórico na Inglaterra. Mas a zebra do asfalto foi tão ignorada no Brasil que, há cinco meses, as autoridades de São Paulo decidiram apresentá-la aos motoristas, como se fosse uma novidade.
A campanha veio depois de um ano em que 630 pessoas morreram atropeladas em São Paulo.
“Tem que parar, lógico. O carro tem que parar para o pedestre. Mas quando eu estou dirigindo fico muito brava em ter que parar”, confessa a funcionária administrativa Andrea Cerussi.
Com mais educação, os atropelamentos entre maio e junho em São Paulo caíram 7,5%. No Centro, com ainda mais fiscalização, a queda foi de 36%. Ainda assim, o desrespeito aos pedestres gera em média 1,2 mil multas por dia.
O problema é que agora tem muito pedestre se achando dono da rua, atravessando de qualquer maneira, sem fazer sinal, como se o motorista tivesse a obrigação de adivinhar a intenção dele ao se aproximar da faixa. Esse pedestre é perigoso e vai ser alvo de uma nova campanha educativa.
O foco é no tipo displicente e naquele que agora age como um rei abusado. “Dizer para o rei que ele é rei, ele é a parte mais vulnerável, mas ele também tem que obedecer às regras”, avisa Irineu Gnecco, diretor da companhia de tráfego.
Obedecer e sinalizar. “Tem que ficar esperando. Não faço nenhum sinal porque não adianta”, diz um senhor. Adianta, sim! Ainda mais quando o pedestre acena e olha no olho do motorista.
É verdade que ainda falta consideração com a famosa faixa, que nem toda rua tem uma e que até quem devia cuidar do trânsito, às vezes, passa por cima da lei.
Mas o gesto impaciente do pedestre que exige respeito e o agradecimento ao motorista educado, cada vez mais comuns, sinalizam mudanças de comportamento: na direção certa e em uma velocidade bem razoável.

fonte: globo.com

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