segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Globo Esporte faz "protesto" contra violência da torcida da Ponte Preta

Os arredores do Majestoso foram palcos de algumas cenas de violência no domingo

Quem assistiu ao programa Globo Esporte, nesta segunda-feira, se surpreendeu com a ausência de uma reportagem sobre o jogo Ponte Preta 1 x 3 São Paulo. A emissora decidiu fazer um “protesto”, após um de seus carros ter sido atacado por torcedores do clube campineiro, antes da partida de domingo, nos arredores do Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. Por conta disso, foi socitado que a equipe de reportagem retornasse à Capital e o programa exibiu apenas os melhores lances.

“Por isso não teremos matéria, apenas os melhores momentos do jogo. A torcida que atacou nossa equipe e a equipe da Folha foi a da Ponte Preta”, argumentou o apresentador do Globo Esporte, Tiago Leifert.
Além da Globo, veículos com as logomarcas da Rede Record e da Folha de S. Paulo também foram atingidos. Os automóveis tiveram a lataria avariada e os vidros quebradas por latas de cerveja, pedras e pedaços dos cavaletes de madeira utilizado na organização do evento.

Em 2008, veículo do Lance! foi atingido!


Esta não foi a primeira vez que a imprensa paulistana tem problemas com a cobertura de jogos no Majestoso. Em outras ocasiões, como na decisão do Paulistão de 2008, um veículo do jornal Lance! foi atingido por pedras na cobertura da decisão contra o Palmeiras.

Mais violência
O episódio envolvendo a torcida alvinegra e a imprensa não foram as únicas cenas lamentáveis no duelo entre Ponte e São Paulo. Cerca de uma hora e meia antes da partida, houve um princípio de confronto entre pontepretanos e sãopaulinos, nas proximidades da entradas do setoirr visitante.
A situação só não ficou pior, tendo em vista que a Polícia Militar conseguiu intervir e separar as duas torcidas. Alvinegros e tricolores foram reconduzidos às suas respectivas entradas.
No entanto, a confusão não parou por aí. Próximo ao portal principal do Majestoso houve novos confrontos entre pontepretanos e policiais. Para conter as pedradas e rojões, a PM utilizou-se de bombas de efeito moral e balas de borracha.

Durante a chegada do ônibus da delegação pontepretana, a PM tentou afastar os torcedores que recepcionavam o ônibus. Na versão dos pontepretanos, o conflito só começou devido a truculência da PM.
Após o jogo, um grupo de torcedores ainda atirou latas de cerveja no ônibus que carregava jogadores e comissão técnica. Aparentemente, o ato foi realizado em protesto pela derrota por 3 a 1.
Apesar dos confrontos, não houve registros de pessoas feridas gravemente. Apenas alguns torcedores sofreram escoriações.

Como toda a confusão aconteceu no exterior do Moisés Lucarelli, a Ponte Preta não pode responder desportivamente. Contudo, as torcidas organizadas podem sofrer punições, como proibição da entrada de faixas, bandeiras e instrumentos musicais.
 

Agência Futebol Interior

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