quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Denúncias complicam ainda mais situação de Ricardo Teixeira


O presidente da CBF deve renunciar ao cargo na tarde desta quinta-feira

Rio de Janeiro, RJ, 16 (AFI) - A situação de Ricardo Teixeira está ficando cada vez mais complicada, pois a cada dia que passa novas denúncias estão aparecendo contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que deve renunciar ao cargo ainda nesta quinta-feira.

Ricardo Teixeira é acusado de ter recebido cheques no valor de R$ 10 mil de Vanessa Precht, que é uma das sócias da Ailanto. Vale lembrar que essa empresa é suspeita de ter superfaturado com o amistoso realizado entre Seleção Brasileira e Portugal em 2008. No entanto, a assessoria do atual presidente da CBF diz que essa quantia é referente a um arrendamento da fazenda de Teixeira em Piraí, próximo do Rio de Janeiro, feito por Precht e não tem vínculo nenhum com o amistoso.

Os cheques nominais emitidos por Vanessa foram encontrados pela Polícia Civel em Brasília, deixando claro um vínculo entre Ricardo Teixeira e Alianto, principal responsável pela organização do confronto entre Brasil e Portugal. Na ocasião, foram usados R$ 8,5 milhões em dinheiro público para a realização do amistoso, que, segundo informações do presidente da CBF, teria sido organizado pela Ambev, patrocinadora da entidada.

Além disso, outa informação foi publicada pela Folha de São Paulo na edição desta quinta-feira e que complicada ainda mais a situação de Ricardo Teixeira. Encostado na CBF e sem exercer nenhum poder há cinco anos, o tio do presidente, Marco Antônio Teixeira, estaria ganhando cerca de R$ 1 milhão por ano da entidade, pois teria um salário de R$ 88.070,04 mensais.

Desde o término da Copa do Mundo de 2006 é que Marco Antônio Teixeira não possui mais poder na CBF, já que Ricardo Teixeira estaria suspeitando de que o tio estaria de olho na presidência da entidade. Marco Antônio Teixeira foi o responsável por levar a Seleção Brasileira para Weggis, na Suíça, durante a preparação para o Mundial realizado na Alemanha. A decisão foi bastante criticada pelo até então Carlos Alberto Parreira, principalmente pelo fato dos treinamentos terem sido realizados na maioria das vezes com os portões abertos para o público.

Só falta oficializar
Acuado e com medo de ser preso, Ricardo Teixeira aceitou deixar a CBF e já definiu que sequer irá morar no Brasil, passando a residir em Miami - Estados Unidos, onde alguns de seus familiares já estão morando desde o ano passado.

Com a Copa do Mundo sendo realizada no Brasil em 2014, a Presidente Dilma Rouseff, o Ministro dos Esportes Aldo Rebelo e várias outras autoridades não estão se sentindo confortáveis em ter que reunir-se com Ricardo Teixeira. A FIFA também não está vendo com bons olhos a presença de Ricardo Teixeira como presidente da CBF às vésperas de uma Copa do Mundo justamente no país onde Teixeira comanda o futebol.
 

Agência Futebol Interior

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